Sejamos como a Sagrada Família de Nazaré neste 2023
Diz o livro de Eclesiastes:
“Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará? E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa”. (Eclesiastes 4:9-12)
O homem não foi feito para a solidão e para a vida por si próprio. Precisa da existência de outros dos seus para se realizar e se completar. O homem é bicho (gente) que interage e socializa, que comunga e partilha, que reparte e fraterniza. Como seria dialogar se dois não existissem para isso? Ou dividir se alguém não estivesse ali para tal?
O ser humano sozinho é ser incompleto – ser que não se realiza. Por isso sempre estará acompanhado de alguém.
Nasce acompanhado de quem o protege do frio, da fome e dos perigos. Cresce acompanhado de quem o ensina e nutre com amor e conhecimento. Reproduz acompanhado de quem ama e deseja para toda a vida. Morre também acompanhado daqueles que são fruto de seu amor.
Deus, quando desejou a vinda de seu filho a Terra, almejando a ele o exercício humano até a última circunstância (menos ao pecado), não o enviou isolado, como ser pleno, soberano e independente. Deu a ele a companhia de uma família – a mais fraterna união que qualquer homem pode ter em sua vida.
Por isso Maria não concebeu o menino sozinha, mesmo com a bênção dos anjos dos céus; ou José resolveu viver a solidão quando viu que a sua prometida estava grávida. Eles permaneceram unidos, como família, e junto ao menino Jesus tornaram-se a Sagrada Família de Nazaré.
Enquanto Família (Sagrada), viveram em plenitude os valores do amor e da união, tão desejados por Deus a seus filhos; enfrentaram os desafios e ameaças que todos enfrentamos pelas circunstâncias da vida (mudaram-se para o Egito, por isso, pela ameaça do rei); compartilharam de momentos de alegria juntos (em viagem quando Jesus tinha doze anos); e estiveram unidos até o fim, mesmo diante de adversidades (como Maria aos pés da cruz de Cristo, em sua Paixão).
Por isso são, Jesus, Maria e José, modelo para nós e para toda a igreja. Por isso são comemorados no dia 30 de dezembro, e celebrados neste domingo de novo ano.
Que sejamos unidos em nossos lares, como a Sagrada Família de Nazaré, para alcançarmos as bênçãos e graças de Deus Pai todo poderoso em nossas vidas neste ano que agora se inicia. Que a Sagrada Família seja exemplo para todos nós e que saibamos replicar o amor entre nossos entes, assim como foi vivido por Cristo e seus pais. Paz e bem.
Texto de João Marcelo Rocha e Nathalia Rocha